A fraude da faixa azul em 14 gráficos

Bicicleteiros
12 min readDec 6, 2024

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Motofaixa que liga o nada a lugar nenhum — Imagem: Rede Globo

por George Queiroz

Desde o início de 2023, comecei a acompanhar com desconfiança uma série de fatos estranhos sobre o projeto da FAIXA AZUL, a experiência de via preferencial para motocicletas implantada com pompa e circunstância em São Paulo pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB). Questionei a falta de transparência nos dados e das afirmações divulgadas na mídia, o ocultamento de óbitos em vias do projeto e a celebração prematura do sucesso da iniciativa. Também mostrei como se deu a aliança política costurada por Ricardo Nunes com lideranças conservadoras dos motoboys para transformar a Faixa Azul em um fato político e um grande trunfo eleitoral.

Publiquei tudo isso em textões aqui e aqui. Com ajuda do jornalista Rogério Viduedo, Jornal Bicicleta, conseguimos pautar o fim da mentira de que não ocorriam mortes Faixa Azul. Das zero mortes em Faixa Azul em 2023, chegamos ao final de 2024 com mais de uma dezena de óbitos confirmados nessas vias.

Jornal Bicicleta 26/04/2024
TV Globo (02.05.2024)

Mesmo com essa admissão, o projeto da Faixa Azul foi um enorme sucesso político. A estrutura não só foi tratada como um sucesso incontestável, como foi elogiada até pelos seus adversários políticos, como Guilherme Boulos (PSOL) e Tábata Amaral (PSB). A experiência até foi exportada para outras cidades, como Santo André e Rio de Janeiro, e já existe autorização para que ela seja implantada em Recife. Sem contestação, em outubro de 2024 Ricardo Nunes foi reeleito com vantagem confortável de votos, prometendo a continuidade do projeto.

Mas falta combinar tudo isso com a realidade. A Faixa Azul é realmente tudo isso que a prefeitura diz?

Festa de comemoração de 1 ano da Faixa Azul na 23 de Maio, janeiro de 2023 (Fonte: Prefeitura de São Paulo)

Um dos pilares do sucesso da Faixa Azul é uma estranha nebulosidade dos dados, o que dificulta sua contestação. Desde 2021 a Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo decidiu não mais produzir o Relatório Anual de Sinistros de Trânsito, documento que sempre mostrava em detalhes o que acontecia nas ruas e avenidas da cidade. O departamento responsável pela análise dos dados da Companhia foi simplesmente extinto — o corpo técnico da CET está sendo precarizado ano após ano, a olhos vistos. Os relatórios de acompanhamento da experiência enviados à Senatran até hoje não contém números consolidados e não mostram uma série histórica de sinistros de antes e depois de sua implantação, o que seria fundamental para comprovar ou não a eficácia da via. A contabilidade criativa é hoje um dos pilares da propaganda positiva da experiência da Faixa Azul.

Na falta de uma transparência direta, procuramos diversas fontes para acompanharmos o que acontece no trânsito paulistano, desde a Secretaria de Segurança Pública às redes sociais do Corpo de Bombeiros. Seguindo orientação da própria prefeitura de São Paulo, o painel que melhor mostra a evolução dos sinistros de trânsito é o INFOSIGA, criado pelo DETRAN do Governo do Estado de São Paulo em 2015 para publicar o que acontece em todas as cidades do estado. O portal atualiza mensalmente uma tabela com todos os Boletins de Ocorrência de sinistros de trânsito, com cidade, local, tipos de veículos envolvidos, et cetera.

Print de tabela com dados brutos do portal Infosiga

Tá tudo lá. É só filtrar. Como a CET não tem mais interesse em fazer isso, eu fui lá e fiz. Por dias e dias, filtrei pelo Excel os dados brutos do Infosiga pela cidade, pelas avenidas onde há Faixa Azul, pelas datas, pelos veículos envolvidos. E os resultados que apareceram não credenciam a Faixa Azul como uma política bem sucedida em trazer segurança ao viário paulistano. Pelo contrário, não são poucas as evidências que a Faixa Azul pode até ter um efeito oposto, de aumento do número de sinistros na cidade.

Neste artigo, publicaremos uma série de gráficos que nos obriga a fazer uma pergunta:

A FAIXA AZUL É UMA FRAUDE?

Veja os gráficos e vamos debater.

1 — Mortes de motociclistas em São Paulo estão batendo um recorde histórico em 2024, "apesar" da Prefeitura ter implantado 220 quilômetros de Faixas Azuis.

Desde o início do experimento, a Prefeitura de São Paulo afirma, sem apresentar dados consolidados e sem apresentar série histórica, que a Faixa Azul reduz o número de incidentes nas vias e aumenta a segurança do motociclista. Essa propaganda fez com que o projeto fosse ampliado para dezenas de avenidas da capital, ultrapassando a marca de 200 quilômetros de vias com a sinalização para motos. Uma implantação tão massiva deveria fazer com o que os índices de mortes de motociclistas caíssem, não?

Bem, o que está acontecendo é justamente o contrário: as mortes dispararam em 2024, um retrocesso de 10 anos. Não precisamos aqui tecer pensamentos e achismos sobre estas causas, mas será que já não é hora de questionar a eficácia da Faixa Azul e talvez até colocá-la como parte do problema?

1 — Mortes de motociclistas no trânsito de São Paulo entre janeiro e outubro. Gráfico: Rede Globo São Paulo Fonte: Infosiga

2 — Apresentação do Senatran mostra que sinistros com vítimas MAIS DO QUE DOBRARAM nas vias com Faixa Azul

Em sua apresentação no 3º Seminário Internacional sobre Segurança Viária do Senatran, ocorrido em Brasília em dezembro de 2024 e transmitida ao vivo pelo Ministério dos Transportes, o engenheiro Marco Antônio Vivas Motta, especialista em segurança viária que faz parte da equipe que está analisando os dados da Faixa Azul, mostrou um dado pra lá de preocupante:

Em sua avaliação preliminar, fazendo um comparativo de vias antes e depois da faixa, o somatório de sinistros com vítimas subiu de 222 para 494. Mais do que o dobro! Apesar dos óbitos terem estagnado (13 antes, 12 depois), o fato do número de sinistros com vítimas ter explodido no somatório da avaliação é um baita sinal vermelho.

Não custa repetir: quem apresentou esses dados foi o próprio Senatran, em evento público.

2— Avaliação Preliminar Senatran — comparativo de Sinistros antes e depois da faixa

3 — Mortes no trânsito de São Paulo estão em uma crescente histórica inédita, e motociclistas se transformaram nas principais vítimas

Até 2020, os pedestres eram os que morriam em maior número nas ocorrências de trânsito na cidade. Não mais. Desde o início da pandemia, os motociclistas ultrapassaram e ano após ano seguem na dianteira como grupo que mais morre no trânsito paulistano. E a Faixa Azul não está mudando esse cenário.

3 — Óbitos no trânsito de São Paulo — Janeiro a outubro (2019–2024) Fonte: Infosiga

4 — Avenida 23 de Maio, primeira via que recebeu a Faixa Azul, está a cada ano mais perigosa

Inaugurada no aniversário de São Paulo, em janeiro de 2022, a Faixa Azul da Avenida 23 de Maio sempre foi o grande cartão de visitas da experiência. A prefeitura divulgou por muito tempo que após a sua implantação ela virou uma via sem mortes (o que não correspondia à verdade). Mesmo com toda a certeza de sua eficácia, a Prefeitura até hoje só instalou a Faixa Azul em apenas um sentido da via expressa.

Nos 3 anos desde que a Faixa foi implantada, os números de sinistros tem sido SEMPRE maiores do que nos anos anteriores à sua existência. Ano após ano a 23 de Maio tem se tornado uma via mais perigosa para quem nela transita, independente do veículo.

Se compararmos os números de janeiro até outubro de 2021 (163 sinistros), com o acumulado nos mesmos meses de 2024 (242 sinistros), a via teve aumento de 50% na sinistralidade. Não é um dado a ser desconsiderado na via que é tratada como o maior modelo de sucesso da iniciativa.

4 — Sinistros Não Fatais na Av. 23 de Maio, de 2020 a 2024 (Fonte: Infosiga)

5 — A Avenida dos Bandeirantes, segunda via a receber motofaixa, não teve queda significativa em relação a 2021.

Segunda via a receber a Faixa Azul, em outubro de 2022, a Avenida dos Bandeirantes foi a primeira a ter um óbito comprovado e noticiado de motociclista na Faixa Azul. Foi o primeiro de vários óbitos admitidos pela prefeitura após nossas denúncias no início de 2023. Após a implantação da Faixa Azul neste eixo, em 2023 e 2024 ocorreram 8 sinistros fatais, 5 destes matando pessoas que guiavam uma motocicleta.

Ao contrário da 23 de Maio, o índice de sinistros não-fatais na Bandeirantes não chegou a subir ano a ano, mas infelizmente manteve-se em um patamar alto e próximo ao de 2021, e bem menor do que em 2019 e 2020. Na melhor das hipóteses, a Faixa Azul foi inócua para a segurança da via.

5 — Sinistros não-fatais nas Avenidas Bandeirantes e Afonso Descragnole Taunay, 2019 a 2024 (Fonte: Infosiga)

Temerosa com os possíveis números negativos nesta via, bem mais complexa do que a Avenida 23 de Maio, uma das estratégias que a CET utilizou foi a de destacar seus agentes de rua para transitar de moto na Faixa Azul em velocidade mais baixa nas horas de maior fluxo, para acalmar o tráfego, criando um comboio de motos e evitando fisicamente a imprudência que é comum nesta faixa. A tática era uma interferência direta na experiência, e hoje é impossível de ser replicada em toda a rede de faixas azuis.

6— A Av. Jacu Pêssego, avenida com a Faixa Azul de maior extensão (20 km) teve uma EXPLOSÃO no número de incidentes após a inauguração

Aqui o caso é grave. Inaugurada no final de 2023, a Avenida Jacu Pessego ficou perigosíssima após a Faixa Azul. Se em outubro de 2023 ela acumulava 122 sinistros, em outubro de 2024 ela foi cenário de 283 incidentes, aumento de absurdos 225% em um ano.

6 — Sinistros nao fatais na Av. Jacu Pessego, 2021 a 2024 (Fonte: Infosiga)

7 — Miguel Yunes, na Zona Sul, tem aumento significativo de sinistros

A Avenida Miguel Yunes tem 4 quilômetros e é a porta de entrada para a Marginal Pinheiros na sua margem leste. Além do aumento de mais de 50% no número de sinistros em 2024, a avenida infelizmente foi o endereço de dois óbitos de motociclistas logo nas primeiras semanas da inauguração da Faixa Azul.

7 — Sinistros nao-fatais na Av. Miguel Yunes, 2021 a 2024 (Fonte: Infosiga)

8 / 9 — Av. Santos Dumont e Av. Luiz Dumont Villares, continuações do corredor norte-sul, tiveram aumentos de sinistros após a Faixa Azul

O Corredor Norte-Sul de São Paulo, cicatriz rodoviarista no meio da cidade que tem como espinha dorsal a via expressa Av. 23 de Maio, teve no final de 2023 a sua Faixa Azul estendida tanto ao sul (Avenidas Rubem Berta, Moreira Guimarães e Washington Luiz) quanto ao norte (Av. Prestes Maia, Tiradentes). Após a Marginal Tietê, a faixa azul segue contínua nas avenidas Santos Dumont, Zaki Narchi e Luiz Dumont Villares, em direção ao Tucuruvi.

Nestas avenidas ao norte, especialmente nas Avenidas Santos Dumont e Luiz Dumont Vilares, os números de incidentes em 2024 não são nada animadores.

8 — Sinistros nao-fatais na Av. Santos Dumont, 2021 a 2024 (Fonte: Infosiga)
9 — Sinistros nao-fatais na Av. Luiz Dumont Villares, 2021 a 2024 (Fonte: Infosiga)

10 — Na Avenida Faria Lima, o viés é de alta

Instalada no final de 2023, a Avenida Faria Lima tem tido aumento constante de sinistros nos últimos anos. E em 2024, com a Faixa Azul em pleno funcionamento, não tem sido diferente. O número de 90 casos até outubro é o maior da série recente, mesmo que por pequena margem. O viés de alta do indicador mostra que é preciso investir em outras soluções para a segurança da via.

10 — Sinistros nao-fatais na Av. Faria Lima, 2021 a 2024 (Fonte: Infosiga)

11 — Avenida Rebouças, avenida que não tem Faixa Azul mas tem ciclofaixa, teve REDUÇÃO de sinistros

Mas e nas avenidas sem Faixa Azul, tivemos aumento de sinistros parecido? Não necessariamente.

Vejamos o caso da Avenida Rebouças. Esta via sempre foi o maior desejo dos motociclistas pró-Faixa Azul, que já chegaram a fazer manifestações pedindo a desativação da ciclofaixa inaugurada em 2020 e a sua troca pelo espaço dedicado aos motorizados de duas rodas.

Ato de campanha do vereador e ex-secretário de transportes Ricardo Teixeira, responsável pela implantação da Faixa Azul

O problema é que os dados mostram que a ciclofaixa, mesmo que considerada estreita por muitos ciclistas, reduziu substancialmente o índice de ocorrências na avenida. De 125 incidentes acumulados de janeiro a outubro de 2019, último ano da via sem ciclofaixa, em 2024 tivemos 81, redução de mais de 35%, menor número da série histórica!

Ao contrário dos fracos resultados da experiência da Faixa Azul, os dados da própria CET mostram que as avenidas que receberam ciclovias e ciclofaixas em São Paulo sempre tiveram redução de sinistros (em todos os modais), o que avaliza a eficácia destas estruturas. Esta sim é uma política consolidada mundialmente e que não pode deixar de ser ampliada.

11 — Sinistros nao-fatais na Av. Miguel Yunes, 2021 a 2024 (Fonte: Infosiga)

11 — "É a velocidade, estúpido!"

A partir dos Relatórios Anuais de Sinistros da CET, que curiosamente deixaram de ser publicados a partir de 2021, constatamos que o número de sinistros da Avenida 23 de Maio caiu drasticamente após as duas reduções de velocidades — de 80 km/h pra 70 km/h em 2010 e para 60 km/h em 2015 (único ano que não registrou óbitos em nenhum ponto da via).

12 — Sinistros e óbitos na Avenida 23 de Maio entre 2005 e 2019 (Fonte: CET)

Essa mesma queda se deu em TODAS as vias que tiveram redução de velocidade na gestão do prefeito Haddad. Tal medida, corajosamente adotada com base nas melhores práticas internacionais, foi responsável pela queda de mais de 30% das mortes em São Paulo em apenas 2 anos.

13— Gráfico produzido por Stephen Grahan, para o Streetsblog https://usa.streetsblog.org/2024/10/21/how-sao-paulo-cut-traffic-deaths-by-a-third-overnight Fonte: CET

Enquanto Haddad escutou a ciência, reduziu velocidades para salvar vidas — o que paradoxalmente lhe custou votos — Ricardo Nunes optou pelo populismo para buscar sua reeleição. Apostou (e venceu) utilizando um factóide que agora espalha corpos pelo asfalto.

14 — Setinhas que inseri em infográfico da Rede Globo (Fonte: Infosiga)

Sim, sabemos que todos os dados aqui apresentados não nos permitem cravar conclusões definitivas.

Sou apenas um militante da mobilidade e nem tenho ferramentas suficientes para estudar o tema com a profundidade necessária para um assunto tão sério. Mas a própria dificuldade em obter dados confiáveis e a bagunça do poder público com estes indicadores é uma clara opção política é um indício de que nem tudo vai bem.

Não nos cabe aqui ficar fazendo ilações sobre as causas do aumento de mortes dos motociclistas, que acontece não só em São Paulo mas também em muitos outros lugares do mundo. Para isso, sobram "especialistas" em culpabilizar as vítimas e fazer divagações comportamentais e preconceituosas sobre quem anda de motocicleta, em sua maioria trabalhadores jovens, negros e periféricos. Sobram clichês abstratos como "as pessoas precisam ter mais consciência", "precisamos fazer campanhas", "tá faltando educação", "são loucos". Não será o nosso caso.

Só não adianta brigar com os números! Os dados que aqui divulgamos são públicos e podem ser conferidos a qualquer momento por quem tiver disposição para tal. Se estiverem errados, corrigimos. A função desse artigo é contribuir para um debate que é caríssimo para todos nós.

Em 2025 o período de testes da Faixa Azul será finalizado, e o Senatran deverá produzir um relatório final. A partir dele, o Contran poderá tanto encerrar a experiência quanto incorporá-la em definitivo ao desenho urbano brasileiro, o que significa que ela poderá ser amplamente espalhada nas cidades brasileiras no ano seguinte. Esperamos que até lá a ciência e a gestão baseada em evidências prevaleça sobre o populismo e a necropolítica.

Print de apresentação de Marco Antônio Vivas Motta, do Senatran

Links utilizados neste texto:

Infosiga — Detran SP
https://www.infosiga.sp.gov.br/

CET — Relatórios corporativos
https://www.cetsp.com.br/sobre-a-cet/relatorios-corporativos.aspx

Globoplay — Mortes de motociclistas batem recorde na Grande São Paulo e na Capital em 2024
https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/sp1/video/mortes-de-motociclistas-batem-recorde-na-grande-sao-paulo-e-na-capital-em-2024-13122167.ghtml

Bicicleteiros — As mortes da Faixa Azul
Parte 1 —
https://bicicleteiros.medium.com/as-mortes-da-faixa-azul-7b19cfb67dbc
Parte 2 — https://medium.com/@bicicleteiros/as-mortes-da-faixa-azul-b0f348682103

Jornal Bicicleta — Testemunhas comprovam a primeira morte de motoca da faixa azul. Foi na avenida dos Bandeirantes
https://jornalbicicleta.com.br/2024/04/26/testemunhas-comprovam-a-primeira-morte-de-motoca-da-faixa-azul-foi-na-avenida-dos-bandeirantes/

G1 — Prefeitura de SP confirma quatro mortes de motociclistas em duas avenidas após implementação da faixa azul
https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2024/05/02/prefeitura-de-sp-confirma-quatro-mortes-de-motociclistas-em-duas-avenidas-apos-implementacao-da-faixa-azul.ghtml

3º Seminário Internacional de Segurança no Trânsito — Palestra Marco Antônio Vivas Motta — 06:07:25
https://www.youtube.com/live/2xSkKqOOZWg?si=-pkb9Eju0yFsUcwz

G1 — Motociclistas protestam contra ciclovia da Avenida Rebouças em São Paulo
https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/07/23/motociclistas-protestam-contra-ciclovia-da-avenida-reboucas-em-sao-paulo.ghtml

Bicicleteiros — Ciclofaixa da Rebouças — 1 Ano Depois
https://youtu.be/Zrns1TDi29Q?si=eYyNqERdNmaIeL43

G1 — Acidentes de trânsito caem 38% por ano onde foram implantadas ciclovias na Zona Oeste de SP
https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2019/06/03/acidentes-de-transito-caem-38percent-por-ano-onde-foram-implantadas-ciclovias-na-zona-oeste-de-sp.ghtml

Streetsblog — How São Paulo Cut Traffic Deaths by a Third Overnight
https://usa.streetsblog.org/2024/10/21/how-sao-paulo-cut-traffic-deaths-by-a-third-overnight

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